quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Símbolo da sabedoria, a Coruja é uma ave tímida e discreta com hábitos crepusculares e noturnos. Possui ouvidos desenvolvidos, bastante aguçados e olhos grandes e fixos. A sua visão, ao contrário do que se pensa, é melhor do que o das outras aves. Sem orelhas visíveis elas conseguem ouvir a dezenas de metros de distância. Tradicionalmente considerada um símbolo da sabedoria, a coruja pode ser observada ao fim da tarde percorrendo os campos em busca de pequenos roedores, que são a sua principal presa. É uma ave solitária, que mede cerca de 35 cm. Quando percebe o perigo é capaz de girar a cabeça a 180º e esticar o pescoço para cima. É uma ave bastante concentrada. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Engolem as suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pelos e fragmentos de ossos. A coruja é uma ave de rapina que vive sozinha e ataca suas presas durante a noite. Designação genérica das aves noturnas de rapina, de cabeça e olhos grandes, de bico curto e curvo. Vive geralmente sozinha e caça à noite o seu alimento. Embora seja uma ave de rapina (ave que mata e come outros animais), é parente mais próximo dos curiangos que dos gaviões. Os cientistas classificaram cerca de 525 espécies diferentes de corujas. Elas vivem espalhadas pelas regiões temperadas, tropicais e subárticas. A menor de todas as corujas é a coruja-anã do sudoeste dos EUA e do oeste do México. Dificilmente alcança 15 cm de comprimento. Entretanto, maior é a grande coruja cinzenta, que vive nas florestas fechadas do Canadá e do Alasca. Tem 75 cm de comprimento e uma abertura de asas de 137 a 152 cm. Pode-se reconhecer logo uma coruja por sua cabeça grande e larga, com uma moldura de penas em torno dos olhos. Estes são grandes e ficam na frente, diferentemente da maioria das aves, cujos olhos ficam cada um de um lado da cabeça. Por essa razão a coruja pode olhar um objeto com os dois olhos ao mesmo tempo, mas não consegue mover os olhos em suas órbitas. É obrigada, por isso, a virar a cabeça para ver um objeto em movimento. As corujas têm um corpo curto e atarracado, bicos fortes e curvos, e poderosos pés com garras afiadas. As penas, macias e volumosas, fazem essas aves parecerem maiores do que são. A plumagem é também pardacenta ou colorida, de modo a fazer a ave se confundir com o ambiente. Suas penas espessas abafam o zumbido que a maioria das aves produz quando voa. Por isso, uma coruja pode lançar-se sobre a sua presa sem ser vista nem ouvida. Todas as corujas podem ver durante o dia, mas, em geral, não tão bem quanto à noite. As corujas comem principalmente mamíferos. As maiores caçam coelhos e esquilos e as menores pegam ratos, camundongos e outros pequenos roedores. Quando a presa é bem pequena, a engolem inteira e depois vomitam os pedaços de ossos, pele, escamas e penas que não conseguem digerir. Seus ninhos são geralmente estruturas toscas feitas nos buracos de árvores, cavernas, tocas subterrâneas, celeiros, casas abandonadas, campanários e em ninhos velhos de gaviões ou de corvos. Os ovos são brancos, manchados de amarelo ou azul e de formato quase redondo. São geralmente três ou quatro. Tanto o macho quanto a fêmea cuidam dos filhotes. Possuem olhos grandes na frente obrigam o giro da cabeça para ver objetos.Existem aproximadamente 20 espécies de corujas no Brasil. Entre elas, a caburé, a buraqueira, a orelhuda, a suindara, a católica e o corujão. A suindara, que se encontra em todo o Brasil, exceto na Amazônia, é branca com pintinhas escuras. A parte inferior é parda e a cauda tem listras escuras. Costuma esconder-se durante o dia nos ocos das árvores ou em prédios velhos, onde se alimenta de ratos e morcegos. O povo considera a sua voz como mau agouro. A coruja-do-campo ou coruja-buraqueira é uma das mais comuns, encontrando-se no Paraguai e em quase todo o Brasil. É pardo-acinzentada com manchas vermelhas transversais. Tem manchas brancas nas asas e na cauda, e a garganta é branca. Habita os campos, onde é vista pousada nas casas de cupim e onde faz seu ninho, que é um buraco no chão. O caburé é a menor das espécies brasileiras. É pardo e costuma ser visto também à luz do dia na beira das matas. O mocho-preto, do Brasil e das Guianas, é pardo-escuro com manchas pretas na cabeça e listras brancas pelo corpo. O mocho-orelhudo ou jucurutu é grande e tem dois penachos longos, de 5 ou 6 cm de comprimento, na orelha. É amarelado com estrias escuras no dorso.
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